PONTE – PONTE
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de fevereiro de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.011
Assim como o prefeito Firmino Falcão Filho, deixou seu nome bem alto em Santana do Ipanema, ao construir a ponte Cônego Bulhões sobre a foz do riacho Camoxinga, estamos precisando de novo pensador. A redenção da cidade foi sem dúvida a construção da Ponte General Batista Tubino sobre o rio Ipanema, na região do comércio, o que elevou o nome do prefeito que conseguiu a façanha com o, então, interventor estadual. Porém, a cidade se expandiu, o trânsito ficou caótico e a nova Santana do Século XXI, necessita de pelo menos duas grandes pontes para aliviar a mobilidade urbana. Uma ligando o Bairro São Jose, na Avenida Castelo Branco, ao Bairro Floresta, ao lugar Cajarana onde se encontram o Campus da UFAL e o Hospital Regional Clodolfo Rodrigues de Melo. Um atalho de uma volta de cerca de quatro ou cinco quilômetros que se tornaria trecho de apenas 800 metros.
Por outro lado, é gritante a falta de outra ponte sobre o rio Ipanema no trecho do antigo Minuíno, rodagem velha para Olho d’Água das Flores, da Rua São Paulo com o Conjunto Eduardo Rita, famoso e tradicional trajeto das olarias. Essa realidade continua desafiando prefeitos e mais prefeitos, aguardando o dirigente premiado que um dia realizará as obras citadas, talvez em 2069, como a cidade pode crescer sem estrutura básica de mobilização?
Não estamos mais na era do carro de boi, onde tudo era devagar com os mesmos prédios, com as mesmas ruas, com os mesmos pensamentos... Estamos virando a Índia, em matéria de trânsito urbano. Projetos arrojados e vitais iriam solucionar coisas do momento e que se renovarão quando chegar o novo caos.
O fluxo viário do Oeste santanense, isto é, todo o trânsito oriundo
do Alto Sertão, em busca do hospital, poderia evitar o centro da cidade, seguindo diretamente pelo Bairro São José – Alto da Cajarana, retornando pela mesma via sem causar nenhum constrangimento no gargalo da Ponte General Batista Tubino. Não foi à toa que a Ponte Cônego Bulhões (1948-50), fez do fraco Bairro Camoxinga, uma poderosa “cidade”; que a Ponte General Batista Tubino (1969) permitiu uma nova Santana, na margem direita do rio Ipanema, antes, completamente desabitada. Passagem molhada é apenas um par de muletas; Ponte, representa duas pernas sadias para longas caminhadas.
AVENIDA CASTELO BRANCO NO BAIRRO SÃO JOSÉ, DISPONÍVEL PARA UMA PONTE ATÉ O HOSPITAL (FOTO: B. CHAGAS)