Em Alagoas, 67% das crianças vivem na pobreza, aponta estudo da PUC

Alagoas tem 67,6% das crianças vivendo na pobreza, apontou um estudo feito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Os valores são referentes ao ano de 2021.
O estudo considera crianças de zero a seis anos de idade, usando dados provenientes da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2014, 64,5% das crianças alagoanas viviam na pobreza. Já em 2019, esse número subiu para 70,8% e, em 2021, teve uma pequena redução e chegou a 67,6%.
Na situação de extrema pobreza, se encontram 20,1% das crianças do estado de zero a seis anos. Em 2014, o percentual era de 19,1% e, em 2019, 24,4%.
Tanto para pobreza quanto para extrema pobreza, a região Nordeste se destaca por apresentar os piores indicadores. Em 2021, no Maranhão, Piauí, Pernambuco e Bahia, pelo menos uma em cada quatros crianças estava em situação de extrema pobreza; e com exceção do Ceará, todos os estados do Nordeste tinham mais de 60% das suas crianças classificadas como pobres.
O estudo
O estudo trabalha com as linhas de paridade do poder de compra (PPC) de US$5,50 para pobreza e US$1,90 PPC para a extrema pobreza, assim como definidas pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2021, a linha de pobreza é de aproximadamente R$465 per capita e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$160 per capita. Crianças que vivem em domicílios com renda per capita abaixo desses valores estão em situação de pobreza e/ou de pobreza extrema.
Segundo o estudo, as taxas de pobreza e de extrema pobreza entre crianças já vinham apresentando tendência de crescimento desde o ano de 2014. Naquele período, a taxa de pobreza era de 37,9%, e a de extrema pobreza ficava em 7,6%. O comportamento mais recente dessas taxas, por sua vez, é de queda entre 2019 e 2020, e então de forte subida entre 2020 e 2021.