Foto: Reprodução/SBTRs=w:350,h:263,i:true,cg:true,ft:cover?cache=trueLuiz Pereira da Silva, de 49 anos, natural de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas

Um laudo produzido pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica apontou, nesta sexta-feira (22), a existência de cocaína dentro da bebida que matou um alagoano e mais três moradores de rua em Barueri, na Grande São Paulo.

O grupo tomou a bebida e passou mal na manhã de sábado (16). Na ocasião, quatro pessoas que viviam sem situação de rua morreram. O alagoano, natural de Palmeira dos Índios, Luiz Pereira da Silva, de 49 anos, Edson Sampaio, de 40 anos, Marlon Alves Gonçalves, de 39 e Denis da Silva, cuja idade não foi divulgada.

De acordo com o delegado titular da delegacia de Barueri, Anderson Giampaolli, o trajeto feito pelos moradores de rua que ingeriram a bebida foi refeito, a fim de apurar se a versão do suspeito condizia com os fatos.

Ainda segundo Giampaolli, o laudo apontou que foram encontradas doses cavalares de cocaína, além de alto etílico, que não é álcool de usado para limpeza.  

“Segundo o IC foi encontrado 51 mg [de cocaína] por mililitro de álcool. É mortal, porque a literatura médica afirma que um ser humano comum, adulto, que não seja viciado, a dose letal seria de 1,2 g. Se dividirmos o que sobrou da bebida e calculando o que foi ingerido daria 1,5 g de cocaína. O álcool potencializa o efeito", disse o delegado.

De acordo com a Prefeitura de Barueri, outras quatro pessoas passaram mal, sendo encaminhadas ao hospital da cidade. Na quarta-feira (20), as vítimas receberam alta médica. São elas: Renilton Ribeiro Freitas, Silvia Helena Euripes, Sidnei Ferreira de Araújo Leme e Paulo Cezar Pedro.

Um quinto sobrevivente, o paciente Vinicius de Salles Cardoso, de 31 anos, recebeu alta médica na terça-feira (19) e teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça. Segundo a polícia, em duas versões distintas, Cardoso, que já está preso, apresentou incoerências na forma como ele conseguiu a garrafa com o líquido que foi entregue a um grupo e acabou com a morte de quatro pessoas.

Segundo familiares, Luiz Pereira deixou Alagoas na década de 90 em busca de emprego e sempre teve envolvimento com bebidas.