Campeonato ucraniano foi suspenso e tem forte presença de atletas brasileiros com 30 jogadores; só no Shakhtar são 13
O meia-atacante alagoano Pedrinho, ex-Corinthians, é um dos jogadores brasileiros reunidos em um hotel de Kiev à espera de ajuda para deixar a Ucrânia. Ele defende o Shakhtar Donetsk.
“Estamos no hotel, no Ópera, em uma sala, todos reunidos, famílias, amigos. Estamos esperando algo que o governo possa fazer para nos retirar daqui. É muito tenso, estamos com bastante medo do que pode acontecer, mas tentamos ficar tranquilos e acalmar nossas famílias”, disse o jogador.
“Esse é o apelo que faço aos governadores do Brasil, à embaixada, para que possa nos tirar daqui o quanto antes. É uma situação complicada, delicada, e não temos muito o que fazer, só esperar o que tem para acontecer. Estamos aqui numa sala, todos reunidos e esperando que algo seja feito por nós. Esse é o apelo que faço, para pedir ajuda a quem tem contatos, para que isso possa ser feito o mais rápido possível”, afirmou Pedrinho.
O Campeonato Ucraniano foi suspenso. A competição tem forte presença de atletas brasileiros – são 30 jogadores. Só no Shakhtar, são 13.
AMEAÇA
As federações de futebol da Polônia, Suécia e República Tcheca se posicionaram, condenando o que chamam de “agressão da Rússia à Ucrânia”. As três seleções, envolvidas na fase de repescagem das Eliminatórias Europeias para Copa do Mundo, se recusam a jogar em território russo.
Os jogos decisivos estão marcados para 24 (semifinal) e 29 (repescagem final) de março deste ano. A Polônia tem jogo semifinal marcado em Moscou contra a Rússia. O vencedor da semi entre Suécia e República Tcheca enfrenta os russos, caso cheguem à final. Dirigentes de Fifa e Uefa vão se reunir ainda nesta quinta-feira para responder de forma conjunto ao pedido das seleções.
Em conjunto, as federações dizem ainda que aguardam uma resposta imediata de Fifa e Uefa sobre o caso e a apresentação de soluções alternativas para os próximos jogos. “Os assinantes deste apelo não consideram viajar para a Rússia e jogar partidas de futebol lá. A escalada militar que estamos observando traz sérias consequências e uma segurança consideravelmente menor para os times de futebol e delegações oficiais do nosso país.
Portanto, esperamos que a Fifa e a Uefa reajam imediatamente e apresentem soluções alternativas em relação aos locais onde essas partidas dos playoffs que se aproximam podem ser disputadas”, diz parte da nota oficial.
Alagoano Pedrinho teme ataque na Ucrânia
Em vídeo enviado ao site Globoesporte.com, o jogador falou sobre a tensão vivida na capital ucraniana após a invasão de tropas russas. E admitiu: o clima é de medo.
O Shakhtar Donetsk ofereceu aos jogadores brasileiros e seus familiares um ônibus ou acesso a um trem para tentar deixar o país. Mas eles estão com medo de sair do hotel. Por isso, pedem intervenção do governo brasileiro.
“a escalada militar que estamos observando está associada a graves consequências e a uma redução significativa do nível de segurança das nossas representações e delegações oficiais”, disse a federação polonesa em um trecho do comunicado oficial.
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Alagoano Pedrinho teme ataque na Ucrânia
25/02/2022 09h09
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